Somente o que está parado não muda
Hoje mais do que pensar nos porquês da vida adulta queria escrever um pouco sobre o impulsos
que a vida nos dá, aqueles dos quais são iminentes a cada ser humano independente
de oportunidade ou preparo. Estes impulsos aos quais me refiro se manifestam em
termos do querer, sentir e pensar, todos relacionados uns com os outros.
Segundo
Nietzsche são as nossas necessidades que interpretam o mundo: nossos impulsos.
Cada
impulso que criamos são nos apresentados e configurados como interpretações.
Aqui temos um dos pontos centrais que nos permitem atribuir o rompimento com a
tradição na qual estamos acostumados, é o catalizador para os tipping points da
vida.
Deste ponto em diante passamos a considerar as determinações profundas
não conscientes como prioritárias, em nosso próprio julgamento. Eis chegada a hora de remeter
todo o âmbito valorativo, ao extenso mundo da produção cultural, das
construções explicativas e imposições da nossa vida, sendo esta a base das forças e vontades, de fazer acontecer aquilo que desejamos, tendo esta meta
plena em nosso subconciente, não importando muito o tamanho do objetivo.
Estas interpretações sobre nossos sentimentos
e sensações é que nos impulsiona, é ela que nos faz quebrar a barreria criada
por nós mesmo, um meio de satisfazer nossas necessidades, interpretamos o
sentimento e pensamento em forma de ação, de impulso, de mudança. Talvez venha
daí a energia que nos move, nos deixando inquietos quase o tempo todo.
Me
lembrei do meu tipping point novamente, de ter acordado em um dia comum, com uma vontade
enorme de fazer acontecer, não consegui ficar parada. E mesmo não conseguindo
resolver tudo em um só momento, este desejo já estava dentro de mim.
Eu já tinha criado a minha propria onda, surfar foi só parte do caminho,
jornada esta que não sabemos ao certo quanto vai acabar, mas estamos presentes,
nos sentindo vivos e em movimento. Somente o que está parado não muda.
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