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Somente o que está parado não muda

01:23 Luciana Correia 0 Comments



Hoje mais do que pensar nos porquês da vida adulta queria escrever um pouco sobre o impulsos que a vida nos dá, aqueles dos quais são iminentes a cada ser humano independente de oportunidade ou preparo. Estes impulsos aos quais me refiro se manifestam em termos do querer, sentir e pensar, todos relacionados uns com os outros. 

Segundo Nietzsche são as nossas necessidades que interpretam o mundo: nossos impulsos. 

Cada impulso que criamos são nos apresentados e configurados como interpretações. Aqui temos um dos pontos centrais que nos permitem atribuir o rompimento com a tradição na qual estamos acostumados, é o catalizador para os tipping points da vida. 

Deste ponto em diante passamos a considerar as determinações profundas não conscientes como prioritárias, em nosso próprio julgamento. Eis chegada a hora de remeter todo o âmbito valorativo, ao extenso mundo da produção cultural, das construções explicativas e imposições da nossa vida, sendo esta a base das forças e vontades, de fazer acontecer aquilo que desejamos, tendo esta meta plena em nosso subconciente, não importando muito o tamanho do objetivo.

Estas interpretações sobre nossos sentimentos e sensações é que nos impulsiona, é ela que nos faz quebrar a barreria criada por nós mesmo, um meio de satisfazer nossas necessidades, interpretamos o sentimento e pensamento em forma de ação, de impulso, de mudança. Talvez venha daí a energia que nos move, nos deixando inquietos quase o tempo todo. 
Me lembrei do meu tipping point novamente, de ter acordado em um dia comum, com uma vontade enorme de fazer acontecer, não consegui ficar parada. E mesmo não conseguindo resolver tudo em um só momento, este desejo já estava dentro de mim.

Eu já tinha criado a minha propria onda, surfar foi só parte do caminho, jornada esta que não sabemos ao certo quanto vai acabar, mas estamos presentes, nos sentindo vivos e em movimento. Somente o que está parado não muda.


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